O medo nos protege de situações perigosas e pode
nos ajudar a preservar a vida. O desequilíbrio está em senti-lo de forma
constante. Talvez seja uma das emoções mais recrutadas numa vida de cidade grande.
Esta semana, por exemplo, quantas vezes você sentiu medo ao sair na rua?
O medo pode servir até como forma de dominação.
Quanto mais medrosas as pessoas, mais elas se tornam frágeis e capazes de matar
o outro para sobreviver. O contrário do medo é a coragem. Aquela vontade
inabalável de transpor obstáculos intransponíveis. O fraco é fácil de controlar,
mas o corajoso ele é firme nos seus propósitos e por mais que sejam franzinos,
como Gandhi, são capazes de enfrentar qualquer coisa para defender seus ideais.
O medo desperta o sentimento de fuga e quando não tememos nada, nem a morte se
torna um obstáculo. As lideranças mundiais já perceberam o quanto o medo lhes
pode ser útil. Incitar o medo social ajuda a justificar qualquer tipo de guerra
ou violência em relação ao outro.
A ideia é atacar antes de ser atacado, por isto o
medo anda de mãos dadas com a violência. Agredimos o outro porque temos medo de
sermos agredidos ou porque não gostamos do que estamos vendo. A violência em relação
às pessoas indefesas ocorre pelo medo das emoções que a imagem daquele
indivíduo nos desperta. O medo seria das suas emoções e não daquele indivíduo. No entanto, por falta de autoconhecimento você pode achar que aquele desconforto desaparecerá com a agressão. Situações que causam irritabilidade podem despertar o medo que aquilo dure para sempre, podendo vir a gerar atos de crueldade.
A humanidade se autodestrói. Como matar a si mesmo?
É o medo de se conhecer. Como posso ser assim? Pobre, maltrapilho, etc. Quando
o medo for embora não haverá porque matar ninguém. Matamos por autodefesa.
Estamos nos defendendo de nós mesmos. Achamo-nos perigosos. Quando matamos percebemos
que ainda estamos vivos. Vira um pesadelo. Vamos matar todos que nos perseguem? Todas
as partes do meu ser que eu desaprovo? Quando soubermos nos amar, amaremos a todos.
Sentiremos a nossa unidade. Em cada sofrimento estará o nosso sofrimento.
Quanto medo você tem sentido ultimamente? Estamos
agredindo o outro por medo? O que podemos fazer para que este medo diminua um
bocado? Como adquirir mais coragem? Um instrumento muito eficaz é a meditação. Medite
por um instante e me conte como está o seu medo. O link para ajudá-lo nesta
tarefa: https://www.youtube.com/watch?v=IPrOlrYHsoQ
Muito a propósito o texto acima, à vista das ocorrências nas praias cariocas. É urgente a necessidade de se buscar saídas que diminuam o sofrimento coletivo. A busca espiritual é o caminho seguro para se combater o inimigo que todos trazemos dentro de nós.
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